Escrevera suas últimas palavras ali, era definitivamente seu legado de morte. Embrulha o papel, o fita a última vez e o enlaça jogando o selo sagrado.
Está em um outro apartamento, o subterrâneo havia sido alagado. Este apartamento era de porte pequeno, era sujo por dentro, mas, era o suficiente para Tom! Dirige-se à garagem, está lá a sua querida moto radiante, a mesma e antiga capa vermelha a recobre. Ele severa e odiosamente retira-a, sopra a poeira que a recobria, arranca as teias de aranha e por final monta sobre ela. Gira a chave em espiral, contorce o tempo que soava em séculos, a Terra não era mais a mesma. Chovia e nevava sem parar e os raios gritavam a Terra. As almas corrompidas afundavam pro Inferno. Ele sai em direção ao que procurava, ao que sempre quis, para assim valorizar-los. Dirigia desatento, pois pensava sobre eles. Pensava que se nada tivesse acontecido, que ele não fosse um mutante e que eles vivessem num mundo normal, onde todos eram iguais e livres para faze-lo de felicidade o que queriam! Mas o ar o transpassava, o ódio o fitava e ele decretara que isso não era capaz, pois acreditava que o homem nascia mal!
Chega a lagoa Saint Rich, onde tudo começou, tudo ia acabar. Por decreto, esse era o fim?
Walter o procurava em todos os cantos, abismado, foi em todos os lugares, menos na Igreja Medieval que Tom costumava ir! Chega na Igreja, abre a porta maciça de ouro, o barulho ensurdecedor se espalha no ar sólido instransponível, mas ele não o ouve, ele apenas mera-se a ouvir um eco de gritos! Comanda seus pés lentamente sobre o Mármore robusto, o chão frio queimava seus pés brancos, nada o convence que tem alguma coisa lá, ele guia-se lentamente ao altar, passa a mão sobre a mesa Sagrada, a Sacristia brilha, ele passa as mãos sobre a hóstia, tem visões, mas percebe um tipo de folha, ele a retira, de lá ele abre e lê o que está escrito: Por aqui....
Tom não percebe nada, o ar passa inóspito, uma luz se vê a estrada, uma Hilux preta, blindada estaciona a uns cinquenta metros de distância, de lá uma luz preta desce, dois gêmeos loiros descem do carro, a aparência era inquebrável! Eram eles! Os fita permanentemente, os olhos se disparam uns contra os outros, os trovões gritam mais à este momento, as almas exclamam de horror piedade! A Terra não era mais a Terra, um terço da população não se via mais! E tudo por causa deles! Por causa dos gêmeos que criaram o ódio em Tom! O ódio que não coubera mais em Tom, transbordou destruição permanente! Os homens apontam a mão ao alto, eles se fundem, Tom não se expressou pois os irmãos que se odiavam agora estavam unidos, coincidência do destino? Depois de fundidos instantâneos, lançam um córtex verde sobre Blent, vira-se meia lua ao lado, o córtex o encara e passa discriminado. Ele levanta-se e joga um raio de fogo sobre eles, os mesmos desviam pulando à esquerda. Nesse momento Walter chega, vê Tom em apuros. O trio formava um triângulo isósceles, Tom de um lado, Walter de outro e os irmãos de outro! Todos lançam um córtex verde ao meio do triângulo, os raios colidem, o barulho enaltecedor os ensurdece, o raio forma uma massa espiral cortejante que crescia, não suportando tamanha energia, os átomos que os ligavam se desprendem, a massa explode, houve-se um grito:
- Você sempre vai estar em meu coração, Walter!
o Caos é jorrado a atmosfera toda...
I____________________________________Tempo depois_________________________________I
Ele acordara, percebera a destruição, não sabe onde está, nem o que aconteceu!
Assoviava com os dois dedos flagelantes, o ar quase sólido e a gravidade sugavam seu corpo para dentro da estrada, ele se teletransporta rapidamente em um toque de olhos. Pronuncia seu destino, logo dirige-se as coordenadas. Chega em seu objetivo, um apartamento pequeno, pintura desgastada, o teto já havia dispensado as telhas, a porta de entrada estava arrombada e as janelas quebradas.
Ele entra na casa amedrontado, tudo está queimado. Sentiu ódio correr em suas veias, todo o seu passado estava destruído e ele não estava pronto para uma mudança, digo, uma mudança de vida. Deita-se na cama já fosqueada abundantemente, não era capaz de interceptar sentimentos, a dor era tão grande que ele já não a sentia, ele ouve um barulho na ''casa'', houve-se passos na escada, o assoalho treme, o ambiente transpassa solidamente entre indiferença ao medo. Seus pecados o consumiam, ele ia a insanidade, os passos não eram de alguém, não podiam ser de alguém, pois não haveria alguém. Ele se levanta, retira o seu casaco preto de sua cama e puxa sua mochila já com rasgos, de lá tira uma foto, era ela, ela, a que ele haveria matado por nada, para levar a tudo isso. Estava sozinho agora, pra sempre, ele percebe que junto com a foto estava um bilhete redigido pelos irmãos Carent(Chand Jender e Loguer Zorbon), dizia:
- Por aqui, decreto as últimas palavras a meu filho Tom Carent Blent, meu nome é Chaos Carent, hoje foi o dia, que o bem e o mal do meu corpo estão a separar, uma parte minha virá a ser boa e a outra mal. - Tom percebe atônito que eram os irmãos. - Sei que estou prestes a morrer e que a sociedade cairá, quando você ler essa carta, já estará passando exatamente mil anos, estou em 2127 - Tom gelou, estava no ano de 3127, - o ano da 3ª Guerra Mundial, todos disputam acirradamente! Queria dizer-lhe Tom que tudo estava previsto para ocorrer bem, mas alguma coisa interferiu no destino, aqui com essa carta, deixo um recipiente com um frasco de memória e destino dentro, se quiser corrigir seu passado, você deve voltar a lagoa Saint Rich e jogar essas lágrimas em forma de memória e destino dentro do rio e dizer: Volo ad reconstruct, aedificabo mea fata! - O que significa em Latim: - Eu desejo reconstruir, reconstruir o meu destino! Assim filho, você voltará e mudará! Você sofre o privilégio de ter o teu Destino em tuas mãos! Saiba que seu pai sempre te amou!
Tudo havia se ido, os irmãos, o mundo e seu melhor amigo Walter. Mas agora caberia a Tom julgar o que aconteceria!
Ele segue em frente seu destino...
Autor: Emanuel Ferreira
Data: 18/04/2012